5 Dezembro 2009
O fim-de-semana aguarda-se sereno e com bastante repouso.
4 Dezembro 2009
Que, sem foz, me cobre os olhos e os recantos da alma?
Não tem nuvens, nem sombras nem areia grossa
Mas apenas ondas imensas e vontades intensas
De verde me visto, vagueio e suspiro
E por entre o meu corpo e o teu em plena apneia
Me mantenho suspensa nos fios das estrelas
Que de prata pintam a magia do mar.
Aqui, nas ondas deste canal repleto de sal
Tudo se renova e rejuvenesce em cada beijo
Todas as palavras são ternas e quentes
Todos os fluídos nos saciam a sede
Até que o mar acalma, adormece e repousa
Despertando apenas quando os primeiros raios de sol
Brotam e revoltam o desejo insaciável
De nos encontrarmos na profundidade deste amar
3 Dezembro 2009
1 Dezembro 2009
Estes momentos já ninguém mos tira e ainda bem que consegui vivê-los em pleno. Momentos de amor, de desejo, de cumplicidade, de paixão e de extrema amizade. Vivo rodeada do melhor que há.
28 Novembro 2009
27 Novembro 2009
Todos os sentidos são poucos para se descobrir.
Pelas palmas das suas mãos desliza o seu corpo, o corpo dele e perfuma com o seu aroma todos os recantos da pele, da pele de ambos. Gosta de divergir entre os dois corpos como se um fosse a continuação do outro. A mão resvala do ombro másculo para o seu seio, da sua coxa vasta para os glúteos dele que aperta com firmeza. Com a ponta dos dedos gosta de recolher a saliva dos lábios e tocar suavemente nos mamilos desenhando pequenos círculos. Mergulha todo o seu corpo no anseio de recolher as torrentes aninhadas nos lençóis. Descobre o silêncio. O silêncio do mundo. A inexistência única de qualquer ruído. Até os pássaros emudeceram. Foi como se tudo à sua volta pairasse no ar. O som único dos seus batimentos cardíacos e a respiração ofegante escutada pelo interior levam-na a acreditar que os sentidos são mais do que conhecia. Não se abandona. Fica. Permanece concentrada unicamente naqueles sons. Seus. E concentrada no emudecimento que persiste à sua volta, até que o mundo ganha novamente as cores e os sons de sempre e o seu corpo volta a assumir a sua forma nata.
Todos os sentidos são poucos para se descobrir.
O silêncio e a voz longínqua mergulhada nas ondas do seu mar dão um novo sentido ao prazer dos seus corpos.
26 Novembro 2009
Fecho os olhos e recupero os segundos em que apenas o respirar ofegante e o bater acelerado do coração eram os protagonistas.
Talvez escreva um conto…tenho demasiadas frases pendentes.
24 Novembro 2009
23 Novembro 2009
Há alturas em que gostava de viver apenas do coração. Dos momentos imediatos. Não construir memórias. Ignorar a alma ou o espírito. Alimentar-me apenas de cada batimento. Dando tudo de mim a cada segundo. Segundo esse que era passado no segundo seguinte não deixando qualquer marca, nem em mim, nem em ninguém. São raros os momentos em que assim penso. São muitas vezes aqueles em que a tristeza se abate e pouca vontade tenho de encontrar animo para seguir em frente. Mas há também aquelas alturas em que o espaço em mim é pouco para albergar o desejo, o amor e a vontade de atitudes inconsequentes. É como o orgasmo. É tão bom o caminho até ele que, por vezes, protelamos alcançá-lo. Mas são apenas pequenos instantes em que assim penso. E depois…basta-me fazer café, deixar que os aromas se espalhem e com eles venham as memórias. Imagens, frames, conversas, mãos e palavras, convites explícitos e histórias intermináveis. Tenho recordações incríveis e uma memória extraordinária para os aromas e a todos eles junto um sabor, e só depois vem o calor do gesto ou a doçura do olhar.
22 Novembro 2009
madalena Cumplicidades
forrás: http://www.aliciante.eu/aliciante/page/33/
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